Luanda adota medidas para melhorar problemas da cidade
Imagem
Luanda adota medidas para melhorar problemas da cidade
Angola |
ANGOLA | Luanda
Publicado em 17-04-2016
O novo plano de limpeza urbana de Luanda, os recentes surtos epidemiológicos e as medidas para melhorar o atendimento nos hospitais, assim como a circulação rodoviária e outras questões que afetam a cidade capital, foram analisadas, em conferência de imprensa, pelo governador provincial Higino Carneiro. 
 
Na sua primeira conferência de imprensa, realizada dia 14 de abril, Higino Carneiro anunciou para o final do mês a entrada em funcionamento de cinco empresas de recolha de resíduos sólidos e limpeza da cidade de Luanda que ganharam, entre nove, o concurso público.
 
De acordo com o Governador, a Queiroz e Galvão vai operar no município de Luanda, a Visa West no município de Belas, a Odebrecht em Cacuaco, a Nova Ambiental em Viana e a Elisal vai operar no município do Cazenga. 
 
Os cidadãos residentes e as empresas sediadas na capital do país passam, em breve, a pagar uma taxa de lixo que vai estar junta ao pagamento do consumo da energia elétrica. “Para os que não têm energia, vão estar sujeitos à cobrança direta por via de um talão com o qual devem ir efetuar o pagamento a um banco”, referiu o governador.
 
A taxa é estratificada, o que significa que não vai ser uniforme. 
A estratificação nas taxas vai incidir, também, nas empresas. As pequenas vão pagar entre 15 e 20 mil kwanzas. As médias 35 e as grandes empresas vão passar a pagar 150 mil kwanzas mensais.  
 
Sobre o défice no fornecimento de água, Higino Carneiro disse que esta só vai ser solucionada em 2019 e sobre a energia, disse que o fornecimento melhora em junho, com a entrada em funcionamento do ciclo combinado do Soyo e da Barragem de Cambambe.
  
O governador provincial anunciou para breve o ingresso em regime especial de 22 mil novos funcionários públicos nos domínios da educação, saúde e ensino superior. O objetivo é suprir o atual défice nessas áreas.
 
Quanto à segurança na capital do país, Higino Carneiro reconheceu haver ainda algumas arestas por limar e voltou a sublinhar que o “poder é para ser exercido e não mendigado”, adiantando a possibilidade de se criar uma polícia municipal que responda aos problemas da criminalidade a nível local. 
 
Em relação às morgues de Luanda, principalmente a do Hospital Josina Machel, Higino Carneiro reconheceu que a situação não é boa, já que tem apenas uma capacidade de 175 gavetas, o que não responde ao atual quadro em que se vive face a uma epidemia de febre-amarela e de malária. Diante disso, Higino Carneiro falou na possibilidade de serem criados centros alternativos de higiene e tratamento de cadáveres para fazer face ao atual quadro. “Estamos a viver uma epidemia e quando se trata de epidemia, as mortes acontecem em catadupa”, adiantou.