Decorreu, dia 21 de maio, a inauguração da exposição "Casa dos Estudantes do Império, 1944-1965. Farol da Liberdade", na Galeria de Exposições dos Paços do Concelho, organizada pela UCCLA.
Este evento contou com a presença do Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, da vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, do Diretor Municipal de Cultura da Câmara de Lisboa, Manuel Veiga, do curador da exposição, Jorge Mangorrinha, e da coordenadora e consultora histórica da exposição Aida Freudenthal, que explicou toda a exposição na visita guiada que se seguiu.
Esta exposição está enquadrada na homenagem à Casa dos Estudantes do Império, que a UCCLA tem vindo a promover desde o dia 28 de outubro.
A exposição é constituída por seis núcleos: O desmoronar dos impérios Coloniais; A Casa por dentro; À volta da Casa; A Casa à descoberta do Mundo; A Casa vigiada; Para lá da Casa, a exposição, essencialmente documental, visa reconstituir o percurso da Casa dos Estudantes do Império (CEI), inserindo-o no contexto nacional, imperial e internacional mais alargado, bem como dar a conhecer o universo humano que a compunha, a natureza e impacto das suas atividades, as relações estabelecidas com o mundo exterior (a oposição portuguesa, o movimento estudantil, redes de solidariedade anticolonial internacional, etc.), o processo de (re)descoberta dos seus territórios e culturas de origem, e a importância do seu legado histórico.
A importância da Casa dos Estudantes do Império – “instituição criada em 1944, pelo regime anterior, com o propósito de enquadrar os estudantes que vieram para Portugal” fazer os seus estudos - foi salientada por Vitor Ramalho, defendendo que “não é possível haver futuro sem memória”.
Enumerando os diversos eventos que, ainda, irão ter lugar no âmbito da homenagem, o responsável referiu a presença dos antigos dirigentes políticos, no dia 25 de maio, na Fundação Gulbenkian para “intervirem e darem conta do que foi este caudal da Liberdade, da procura daquilo que Pepetela chama a Geração da Utopia”.
Agradecendo às entidades e parceiros envolvidos nesta homenagem, Vitor Ramalho recordou a circunstância de se assinalar, este ano, o 30.º aniversário da criação da UCCLA, o 40.º aniversário das independências dos países africanos lusófonos e o 50.º aniversário da extinção da Casa dos Estudantes do Império, pela PIDE.
Para a vereadora Catarina Vaz Pinto, a Câmara de Lisboa associou-se desde a primeira hora a esta iniciativa por constituir um momento histórico, adiantando que se trata de um “projeto muito interessante que importar recordar às novas gerações”.
Seguiu-se uma visita guiada e detalhada à exposição pela coordenadora e consultora histórica Aida Freudenthal (tendo sido ela própria estudante na Casa dos Estudantes do Império). Muitos momentos e episódios foram recordados também na presença de alguns antigos alunos da Casa.
A exposição estará patente até ao dia 25 de junho, no seguinte horário: 10 às 13 e das 14 às 17 horas. A entrada é livre
Frase introdutória da exposição: “A Casa foi, a despeito da sua pequenez, pouco mais do que uma esquina...um pequeno farol de juventude para um mundo novo.” (L.B. Honwana)
Ficha técnica